Poemas sobre Bem de Ant贸nio Botto

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Foi n’uma Tarde de Julho

Foi n’uma tarde de Julho.
Convers谩vamos a m锚do,
– Receios de trahir
Um tristissimo segr锚do.

Sim, duvid谩vamos ambos:
Elle n茫o sabia bem
Que o amava loucamente
Como nunca amei ninguem.
E eu n茫o acreditava
Que era por mim que o seu olhar
De lagrimas se toldava…

Mas, a duvida perdeu-se;
Fallou alto o cora莽茫o!
– E as nossas ta莽as
Foram erguidas
Com infinita perturba莽茫o!

Os nossos bra莽os
Formaram la莽os.

E, aos beijos, 茅brios, tomb谩mos;
– Cheios d’am么r e de vinho!

(Uma suplica so谩va:)

芦Agora… morre commigo,
Meu am么r, meu am么r… devagarinho!…禄

Tenho a Certeza de que Entre N贸s Tudo Acabou

Tenho a certeza
De que entre n贸s tudo acabou.
Deixal-o!
Bemdita seja a tristesa!
– N茫o ha bem que sempre dure
E o meu bem pouco durou.

N茫o levantes os teus bra莽os,
Para de novo cingir
A minha carne de seda;
– Vou deixar-te… vou partir.

E se um dia te lembrares,
Dos meus olhos c么r de bronze
E do meu corpo franzino,
Acalma
A tua sensualidade,
Bebendo vinho e cantando
Os versos que te mandei
N’aquella tarde cinzenta…

Adeus!

Quem fica soffre bem sei;
Mas soffre mais quem se ausenta!…