Poemas sobre Seios de Armindo Trevisan

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Clareira

Quando depois do amor
ela está estendida
para o céu
e as pernas
reluzem

e a boca
tem o ar
de uma bicicleta junto
a uma macieira

e seu corpo
se move
e os seios
estĂŁo no tanque
dentro da sombra

tomo-a
mil vezes
e lhe sopro na boca
o ar
que esfriou na distância
que separa
a fruteira de cristal
dos lábios
que a moldaram

Moças na Praia

Nem sombra de mangas penugem
sol talvez a asa de uma andorinha

(a ferir guitarra). Brilhando

no meio dos peixes as pernas folhas
que a noite aconchegou. A distância

(ao vivo) entre a humidade e o

desejo inapreensĂ­vel. Os seios
(o alvo) rumor de bebidas no parque

Ă  espera do conhecimento hora e corpo

(os corpos) a crescerem maduros
contra a morte.

Quem Dirá aos Amantes

Quem dirá aos amantes
o caminho
pelo qual os corpos vĂŁo
ao termo do que souberam?
E depois foi noção,
espaço, letra,
e nĂŁo quiseram o retorno?
Quem os aguardará do outro lado
onde o riso,
a aveia, são o preâmbulo
da carĂ­cia no seio?

Quem dirá aos
amantes que o amor há-de despir
o acontecido
e passará pela mão
como passou o frio
de flor em flor?