Trago-te ao EspaƧo da Janela
Trago-te ao espaƧo da janela.
De novo surgiram deste lado da rua.
Em voz baixa disse «uma alucinação». A
Ćŗnica resposta foi entrar em casa
subir ao quarto mudar de roupa
ser jovem com quem soube bem ser jovem
sƔbio com quem quiseste ser sƔbio
velho com os velhos.
Trago-te para perto da janela
o rio vĆŖ-se daqui.
A cor da terra circula.«Talvez seja a morte» «não»
«se for a morte o coração baterÔ mais ou menos forte».
O corpo
não tem grande lugar.
Poemas sobre Velhos de João Miguel Fernandes Jorge
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No Dia que para Sempre SeparƔmos do Corpo
No dia que para sempre separƔmos do corpo,
havia nesse dia sobre o livro de gravuras
um insecto com os breves sinais de uma aranha.EsperƔvamos um recado que se fez esperar e
tinha as mãos no rosto e fora meu.
A medo a dor para onde não sei bem levava a dor
o rosto.Havia tudo um pouco misturado. Antigas cartas
velhos poemas.
AtĆ© do outro lado da janela vĆamos tristes
tristes rapazes jogando a bola,corpo jogado sob o vento de abril e o de
março.Dentro do quadro via a camisola de lã branca
e o que de loiro havia do recente sol
via a dor o recado desejado no negro azul
das aves.Sobre o cƩu, o mar, esse tinha-lo agora nos novos
olhos.