Encaminhamo-nos para uma Grave Crise

A situação económica tem-se agravado e tenderĆ” a agravar-se. Tendo causas estruturais, as dificuldades da economia nĆ£o podem ser vencidas por medidas atravĆ©s das quais o governo procura fazer face aos mais agudos problemas de conjuntura. O afrouxamento do ritmo de desenvolvimento, a baixa da produção agrĆ­cola, os dĆ©fices sempre crescentes, do comĆ©rcio externo, a inflacção, a acentuação do atraso relativo da economia portuguesa em relação Ć s economias dos outros paĆ­ses europeus, mostram a incapacidade do regime para promover o aproveitamento dos recursos nacionais, o fracasso da Ā«reconversĆ£o agrĆ­colaĀ» e a asfixia da economia portuguesa pela dominação monopolista, pelas limitaƧƵes do mercado interno provocadas pela polĆ­tica de exploração e misĆ©ria das massas e pela subjugação ao imperialismo estrangeiro. (…) O processo de integração europeia, dado o atraso da economia portuguesa, agravarĆ” a situação.

Os monopólios dominantes e o seu governo procuram sair das contradições e dificuldades, assegurar altos lucros, apressar a acumulação, conseguir uma capacidade competitiva no mercado internacional: 1) intensificando ainda mais a exploração da classe operÔria e das massas trabalhadoras; 2) aumentando os impostos; 3) dando curso à subida dos preços; 4) apressando a centralização e a concentração; 5) pondo de forma crescente os recursos do Estado ao serviço dos monopólios;

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