Attracção
Meus olhos sempre inquietos
Que posso atƩ dizer,
Só acham n’alma objectos
Que os possam entreter;Meus olhos… coisa rara!
Porque hão de em ti parar
Como a corrente pƔra
Em encontrando o mar!?E penso n’isto, scismo…
Mas é tão natural
Cahir-se no abysmo
D’uma belleza tal!…Olhei!… Foi indiscreta
A vista que te puz.
A pobre borboleta
Viu luz… cahiu na luz!Uma attracção mais forte
Que toda a reflexão,
(Ć fado, Ć© sina, Ć© sorte!)
Me arrasta o coração…
Poemas sobre Correntes de João de Deus
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Saudade
Tu Ʃs o cƔlix;
Eu, o orvalho!
Se me não vales,
Eu o que valho?Eu se em ti caio
E me acolheste
Torno-me um raio
De luz celeste!Tu Ʃs o collo
Onde me embalo,
E acho consolo,
Mimo e regalo:A folha curva
Que se aljofara,
NĆ£o d’agoa turva,
Mas d’agoa clara!Quando me passa
Essa existencia,
Que Ʃ toda graƧa,
Toda innocencia,AlƩm da raia
D’este horizonteā
Sem uma faia,
Sem uma fonte;O passarinho
NĆ£o se consome
Mais no seu ninho
De frio e fome,Se ella se ausenta,
A boa amiga,
Ah! que o sustenta
E que o abriga!Sinto umas magoas
Que se confundem
Com as que as agoas
Do mar infundem!E quem um dia
Passou os mares
Ć que avalia
Esses pezares!Só quem lÔ anda
Sem achar onde
Sequer expanda
A dƓr que esconde;Longe do berƧo,