Poemas sobre Destino de Leonor de Almeida Portugal

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Pára, Funesto Destino

Pára, funesto destino,
Respeita a minha constância;
Pouco vences, se nĂŁo vences
De minha alma a tolerância.

Se eu sobrevivo aos estragos
Dos males que me fizeste,
Inutil Ă© combater-me,
Nem me vences, nem venceste.

Com secos olhos diviso
Esse horror que se apresenta:
Os meus existem de glĂłria;
Morrendo a glĂłria os alenta.

Basta, Destino Severo

Basta, destino severo:
Em dias tĂŁo malogrados
Me trocaste sem piedade
Instantes afortunados.

Quais voltas do sol os raios
Pelas trevas apagados,
Voltai, se podeis, instantes,
Instantes afortunados!

Voto imprudente! Que digo?
SĂł posso esperar cuidados,
Uma vez que os interrompem
Instantes afortunados.