Elegia

O teu corpo,
uma vez o meu altar e pecado,
O teu corpo
agora amarelo e viscoso,
hostil como a freira enclausurada,
Ă© uma forma obscena ao sol.

Tu estás morta –
tu, o meu pĂŁo e vinho santo!

Tu foste
a minha dor,
o sol
e a chuva;
Tu foste
saudade,
tudo
e desejo,
quando nĂłs
sofrendo,
quando nĂłs
encontramos
uma nova luz
uma nova fé!

Tu estás morta –
tu, o meu pĂŁo e vinho santo.