Poemas sobre Mal de Alexandre Search

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Poemas de mal de Alexandre Search. Leia este e outros poemas de Alexandre Search em Poetris.

Piedade? NĂŁo!

Piedade? NĂŁo! NĂŁo a desejo.
Ela seria escĂĄrnio maior,
Cruel desdém feito gracejo
Com olhar sério para conter
A rude graça. Não! A dor
Eu chore em paz. Deixem doer!

Piedade? NĂŁo! EscĂĄrnio venha,
Mais indiferença e mais desdém:
Confortos desses meu lar os tenha.
Mudar em pena o seu olhar
Jå dor de mais fora também.
Fingir bondade, nĂŁo pode ser.
Que os males pareçam como eles são.
Querer mascarĂĄ-los Ă© escarnecer,
Rara malícia sem coração.

Fraternidade

RazĂŁo nĂŁo tenho para os homens amar
Nem eles uma para amar-me tĂȘm;
À sua vileza cego não sei estar
E toda a vileza tambĂ©m eles vĂȘem.

Ódio em palavras, por saciar,
Sabendo jĂĄ que por todos seria
Incompreendido; fosse eu falar
E deles ignoto continuaria.

Um Ăłdio mĂștuo que de instinto vem
Oculto em sorrisos, mal nos suportando.
A bondade humana, conheço-a bem;
Odeio os homens, «irmãos» lhes chamando.