ExĂlio
Dentro de cada rosto vai-se
e perde o passo antes certo
que nĂŁo se quisera passo, mas silĂȘncio.Se em vĂŁo caminha e nada encontra,
um rosto e cada ruga, cada cancro
conferem o périplo e o decretam
desde sempre, nas frias manhĂŁs do tempo, nulo.MĂĄrmores, fĂĄtua memĂłria de um crime,
ou qualquer mĂșsica degredada em pranto,
nada falta, mas fasta, imĂłvel, sucessiva
uma lua basta e sua lousa, desterro.Letras, pedras, fomes, por entre grades paisagem
ou rosto informe no fundo de uma pĂĄgina,
vai a viagem ontem e esquece, urro ou simples erro.
Poemas sobre Tempo de Pedro Paulo de Sena Madureira
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Assim Esqueço
Assim esqueço
e me renego.
Assim me abro
me aperto
e renasço ou desespero.Assim me ergo
no cume deste lume
que nĂŁo enxergo.Assim me entrego
me prendo
reaprendo o que sonego.Assim me transpasso
e integro o aço que me caça
com a brasa de sua acha.Assim a hora e sua mora
assim do tempo os juros
que pago e nĂŁo reclamo.Assim â que nĂŁo se apaga
â este fogo, cresce e lastra
o laivo tĂșrgidode um astro que me castra
e no chĂŁo fĂșlgido de minha queda
(urtiga que medra e me exaspera)de era em era
de pedra em pedra
caĂdo em meu mistĂ©rioassim de raiva
e sonho recomeço.