Poemas sobre Tempo de Reynaldo Valinho Alvarez

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Tempos de PaixĂŁo

ah tempos de paixĂŁo
desses navios
naufragados no mar

a corrosĂŁo
como um a um os brios
dispostos a matar

o mar abriga
junto ao lodo do fundo
a frota amiga
mais a esquadra inimiga

Ă© a lei do mundo
que guardas no bom[e
com a tua fé

ah lei que nĂŁo se aguenta
sobre o pé

O Deus Dará

ao deus-dará
vou como vou

tudo que sou
foi ou será

nĂŁo sei se o tempo
trará ou não
de supetĂŁo
um contratempo

quando galopa
age sem jeito
torna imperfeito
tudo que topa

o que está morto
morto ficou
quem o enterrou
lhe deu um porto

mas na memĂłria
de cada tarde
ainda que tarde
se conte a histĂłria

cada domingo
tem sua tarde
que sem alarde
cai como um pingo

mas há uma só
pra cada cum
e nĂŁo nenhum
que a atire ao pĂł

há uma apenas
que me recorda
em dose gorda
coisas amenas

que a tarde fique
como um menino
atento ao sino
e a se repique

Que a tarde guarde sempre o som de um sino
Ecoando alegrias de menino.