MarĂ­lia De Dirceu

Soneto 13

Quando o torcido buço derramava
Terror no aspecto ao portuguĂŞs sisudo,
Quando, sem pĂł nem Ăłleo, o pente agudo,
Duro, intonso, o cabelo em laço atava.

Quando contra os irmãos o braço armava
O forte Nuno, apondo escudo a escudo:
Quando a palavra, que prefere a tudo,
Com a barba arrancada JoĂŁo firmava.

Quando a mulher Ă  sombra do marido
Tremer se via; quando a lei prudente
Zela o sexo do civil ruĂ­do;

Feliz entĂŁo, entĂŁo sĂł inocente
Era de Luso o reino. Oh! bem perdido!
Ditosa condição, ditosa gente!