Tenho Saudades do Calor Ăł MĂŁe
Tenho saudades do calor Ăł mĂŁe que me penteias
Ă mĂŁe que me cortas o cabelo â o meu cabelo
Adorna-te muito mais do que os anéisDå-me um pouco do teu corpo como herança
Uma porção do teu corpo glorioso â nĂŁo o que jĂĄ tenho â
O que em ti jĂĄ contempla o que os santos vĂȘem nos cĂ©us
Då-me o pão do céu porque morro
Faminto, morro Ă mĂngua do altoTenho saudades dos caminhos quando me deixas
Em casa. Padeço tanto
Penso tanto
Canto tĂŁo alto quando calculo os corpos celestesĂ infinita Ăł infinita mĂŁe
Poemas sobre Caminhos de Daniel Faria
3 resultadosQuero a Fome de Calar-me
Quero a fome de calar-me. O silĂȘncio. Ănico
Recado que repito para que me não esqueça. Pedra
Que trago para sentar-me no banqueteA Ășnica glĂłria no mundo â ouvir-te. Ver
Quando plantas a vinha, como abres
A fonte, o curso caudaloso
Da vergĂŽntea â a sombra com que jorras do rochedoQuero o jorro da escrita verdadeira, a dolorosa
Chaga do pastor
Que abriu o redil no prĂłprio corpo e sai
Ao encontro da ovelha separada. CercoOs sentidos que dispersam o rebanho. Estendo as direcçÔes, estudo-lhes
A flor â vĂĄrias ĂĄrvores cortadas
Continuam a altear os pĂĄssaros. Os caminhos
Seguem a linha do canivete nos troncosAs mãos acima da cabeça adornam
As ĂĄguas nocturnas â pequenos
NenĂșfares celestes. As estrelas como as pinhas fechadasCaem â quero fechar-me e cair. O silĂȘncio
Alveolar expira â e eu
Estendo-as sobre a mesa da aliança
Amo o Caminho que Estendes
Amo o caminho que estendes por dentro das minhas divisÔes.
Ignoro se um pĂĄssaro morto continua o seu voo
Se se recorda dos movimentos migratĂłrios
E das estaçÔes.
Mas nĂŁo me importo de adoecer no teu colo
De dormir ao relento entre as tuas mĂŁos.