Mysticismo Humano

A alma 茅 como a noute escura, immensa e azul,
Tem o vago, o sinistro, e os canticos do sul,
Como os cantos d’amor serenos das ceifeiras
Que cantam ao luar, 谩 noute pelas eiras…
脕s vezes vem a nevoa 谩 alma satisfeita,
E cae sombria, vaga, e meuda e desfeita…
E como a folha morta em lagos somnolentos
As nossas illus玫es v茫o-se nos desalentos!

Tem um poder immenso as Cousas na tristeza!
Homem! conheces tu o que 茅 a natureza?…
– 脡 tudo o que nos cerca – 茅 o azul, o escuro,
脡 o cypreste esguio, a planta, o cedro duro,
A folha, o tronco a flor, os ramos friorentos,
脡 a floresta espessa esguedelhada aos ventos;
N茫o entra o vicio aqui com beijos dissolutos,
Nem as lendas do mal, nem os choros dos lutos!…

– E os que viram passar serenos os seus dias…
E curvados se v茫o, 谩s longas ventanias,
Cheio o peito de sol, atravez das florestas,
脕 calma do meio dia… e dormiam as sestas,
Tranquillos sobre a eira, entre as hervas nas leivas…

Continue lendo…