Natal de Longe

Natal!…Natal!…
A boca o diz,
A mão o escreve,
O coração já não sente.

Que a emoção,
Vibração
Das asas da fantasia
No voo do pensamento,
Deixou-se ficar parada
Só porque a noite está quente;
Só porque ser indolente
É como parar na estrada
E desistir da jornada,
Sem coragem de voltar
Pelo caminho tão rude!

Natal!… Natal!…

A doce força que tinha
Devorou-a a latitude.