Amigo Velho

(A Martins de Carvalho num dia dos seus anos)

Uma vez encontrƔmo-nos os dois
Nesse mar da polĆ­tica; depois,
Como diversa bĆŗssola nos guia,
Cada qual foi seu rumo: todavia,
Em certas almas nunca se oblitera
A afeiĆ§Ć£o de um companheiro antigo:
Sou para vĆ³s por certo o que entĆ£o era;
E eu, como entĆ£o na minha primavera,
AbraƧo o venerando e velho amigo!