LĂngua Portuguesa
Da avena dos pastores, da harmonia
Que o vento imprime Ă s palmas das palmeiras,
Do bramido do mar e das cachoeiras,
Da voz que impreca Ă voz que balbucia;Do sol que fala quando nasce o dia,
Do luar que enche de unção as cordilheiras,
Vem este claro idioma, que Ă© poesia
E alma das gentes luso-brasileiras.Rumor de asas de abelha, um ruĂdo apenas…
Doce afago de arminhos e de penas,
Perdão, queixume, lágrima, reclamo,Ou grito estuante de alma incompreendida,
Do desgraçado: “Eu te condeno, Ăł vida!”
Do poeta que sofreu: “Ă“ vida, eu te amo!”
Sonetos sobre Gente de Olegário Mariano
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A Ăšltima Cigarra
Todas cantaram para mim. A ouvi-las,
Purifiquei meu sonho adolescente,
Quando a vida corria doidamente
Como um regato de águas intranqüilas.Diante da luz do sol que eu tinha em frente,
Escancarei os braços e as pupilas.
Cigarras que eu amei! Para possui-las,
Sofri na vida como pouca gente.E veio o outono… Por que veio o outono ?
Prata nos meus cabelos… Abandono…
Deserta a estrada… Quanta folha morta!Mas, no esplendor do derradeiro poente,
Uma nova cigarra, diferente;
Como um raio de sol, bateu-me Ă porta.