XXV
NĂŁo de tigres as testas descarnadas,
Não de hircanos leões a pele dura,
Por sacrifĂcio Ă tua formosura,
Aqui te deixo, ó Lise, penduradas:Ânsias ardentes, lágrimas cansadas,
Com que meu rosto enfim se desfigura,
SĂŁo, bela ninfa, a vĂtima mais pura,
Que as tuas aras guardarĂŁo sagradas.Outro as flores, e frutos, que te envia,
Corte nos montes, corte nas florestas;
Que eu rendo as mágoas, que por ti sentia:Mas entre flores, frutos, peles, testas,
Para adornar o altar da tirania,
Que outra vĂtima queres mais, do que estas ?
Sonetos sobre Leões de Cláudio Manuel da Costa
1 resultado Sonetos de leões de Cláudio Manuel da Costa. Leia este e outros sonetos de Cláudio Manuel da Costa em Poetris.