A Palavra

Eleva-se entre a espuma, verde e cristalina
e a alegria aviva-se em redonda resson芒ncia.
O seu olhar 茅 um sonho porque 茅 um sopro indivis铆vel
que reconhece e inventa a pluralidade delicada.
Ao longe e ao perto o horizonte treme entre os seus c铆lios.

Ela encanta-se. Adere, coincide com o ser mesmo
da coisa nomeada. O rosto da terra se renova.
Ela aflui em c铆rculos desagregando, construindo.
Um ouvido desperta no ouvido, uma l铆ngua na l铆ngua.
Sobre si enrola o anel nupcial do universo.

O g茅rmen amadurece no seu corpo nascente.
Nas palavras que diz pulsa o desejo do mundo.
Move-se aqui e agora entre contornos vivos.
Ignora, esquece, sabe, vive ao n铆vel do universo.
Na sua simplicidade terrestre h谩 um ardor soberano.