Poemas sobre SilĂȘncio de Ricardo Reis

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Lenta, Descansa a Onda que a Maré Deixa

Lenta, descansa a onda que a maré deixa.
Pesada cede. Tudo Ă© sossegado.
SĂł o que Ă© de homem se ouve.
Cresce a vinda da lua.

Nesta hora, LĂ­dia ou Neera ou Cloe,
Qualquer de vĂłs me Ă© estranha, que me inclino
Para o segredo dito
Pelo silĂȘncio incerto.

Tomo nas mĂŁos, como caveira, ou chave
De supérfluo sepulcro, o meu destino,
E ignaro o aborreço
Sem coração que o sinta.

Aguardo, Equùnime, o que não Conheço

Aguardo, equñnime, o que não conheço —
Meu futuro e o de tudo.
No fim tudo serĂĄ silĂȘncio, salvo
Onde o mar banhar nada.