Lenta, Descansa a Onda que a Maré Deixa

Lenta, descansa a onda que a maré deixa.
Pesada cede. Tudo Ă© sossegado.
SĂł o que Ă© de homem se ouve.
Cresce a vinda da lua.

Nesta hora, LĂ­dia ou Neera ou Cloe,
Qualquer de vĂłs me Ă© estranha, que me inclino
Para o segredo dito
Pelo silĂȘncio incerto.

Tomo nas mĂŁos, como caveira, ou chave
De supérfluo sepulcro, o meu destino,
E ignaro o aborreço
Sem coração que o sinta.