Aquele Claro Sol
Aquele claro sol, que me mostrava
o caminho do c茅u mais ch茫o, mais certo,
e com seu novo raio, ao longe, e ao perto,
toda a sombra mortal m’afugentava,deixou a pris茫o triste, em que c谩 estava.
Eu fiquei cego, e s贸, c’o passo incerto,
perdido peregrino no deserto
a que faltou a guia que o levava.Assi c’o esprito triste, o ju铆zo escuro,
suas santas pisadas vou buscando
por vales, e por campos, e por montes.Em toda parte a vejo, e a figuro.
Ela me toma a m茫o e vai guiando,
e meus olhos a seguem, feitos fontes.
Sonetos sobre C茅u de Ant贸nio Ferreira
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Vosso Nome de Amor
Quando entoar come莽o com voz branda
Vosso nome de amor, doce, e suave,
A terra, o mar, vento, 谩gua, flor, folha, ave
Ao brando som se alegra, move, e abranda.Nem nuvem cobre o c茅u, nem na gente anda
Trabalhoso cuidado, ou peso grave,
Nova cor toma o Sul, ou se erga, ou lave
No claro Tejo, e nova luz nos manda.Tudo se ri, se alegra, e reverdece.
Todo mundo parece que renova.
Nem h谩 triste planeta, ou dura sorte.A minh’alma s贸 chora, e se entristece,
Maravilha de Amor cruel, e nova!
O que a todos traz vida, a mim traz morte.