DĂłi Viver, Nada Sou Que Valha Ser.
DĂłi viver, nada sou que valha ser.
Tardo-me porque penso e tudo rui.
Tento saber, porque tentar Ă© ser.
Longe de isto ser tudo, tudo flui.MĂĄgoa que, indiferente, faz viver.
NĂ©voa que, diferente, em tudo influi.
O exĂlio nado do que fui sequer
Ilude, fixa, dĂĄ, faz ou possui.Assim, noturno, a ĂĄrias indecisas,
O prelĂșdio perdido traz Ă mente
O que das ilhas mortas foi sĂł brisas,E o que a memĂłria anĂĄloga dedica
Ao sonho, e onde, lua na corrente,
NĂŁo passa o sonho e a ĂĄgua inĂștil fica.
Sonetos sobre ExĂlio de Fernando Pessoa
1 resultado Sonetos de exĂlio de Fernando Pessoa. Leia este e outros sonetos de Fernando Pessoa em Poetris.