Falavam-me de Amor

Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos mĂłveis e tu vinhas
solstĂ­cio de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,

menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.

Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.

O fel que por nĂłs bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
sĂł tu ficaste a ti acostumado.