É no Meu Corpo que Morreste
é no meu corpo que morreste. agora
temos o tempo todo
ao nosso lado, como
um lodo onde dormitam asconhecidas maneiras.
algumas nuvens se aproximam, e depois
se afastam, numa duvidosa
manifestação de imperícia;os animais falantes
atravessam corredores iluminados,
embarcam nasossegada lembrança dos sonetos,
o leve sono que pesou no dia.
é no meu corpo que morreste, agora.
Sonetos sobre Nuvens de António Franco Alexandre
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