Textos sobre Homens de ConfĂșcio

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Textos de homens de ConfĂșcio. Leia este e outros textos de ConfĂșcio em Poetris.

Tipos de Amizade

TrĂȘs tipos de amizade sĂŁo vantajosos e trĂȘs tipos de amizade sĂŁo nocivos. A amizade com um homem que fala sem rodeios, a amizade com um homem sincero, a amizade com um homem de grande saber, esses trĂȘs tipos de amizade sĂŁo Ășteis. A amizade com um homem acostumado a enganar por uma falsa aparĂȘncia de honestidade, a amizade com um homem hĂĄbil para adular, a amizade com um homem que fala bonito, esses trĂȘs tipos de amizade sĂŁo nocivos.

O Comportamento que Gera InfluĂȘncia

Um homem sincero e verdadeiro nas suas palavras, prudente e circunspecto nas suas acçÔes, terĂĄ influĂȘncia, mesmo entre os bĂĄrbaros de centro e do norte. Um homem que nĂŁo Ă© nem sincero, nem verdadeiro nas suas palavras, nem prudente e circunspecto nas suas acçÔes, terĂĄ alguma influĂȘncia, mesmo numa cidade ou numa aldeia? Quando estiverdes em pĂ©, imaginai essas quatro virtudes (a sinceridade, a veracidade, a prudĂȘncia e a circunspecção) conservando-se perto de vĂłs, diante dos vossos olhos. Quando estiverdes num carro, contemplai-as sentadas ao vosso lado. Desse modo, adquirireis influĂȘncia.

O Homem Honroso

O homem honroso dĂĄ atenção especial a nove coisas. Dedica-se a ver bem o que olha, a ouvir bem o que escuta; cuida para ter uma aparĂȘncia afĂĄvel, para ter uma atitude deferente, para ser sincero nas suas palavras, para ser diligente nas suas acçÔes; no meio das suas dĂșvidas, tem o cuidado de interrogar; quando estĂĄ descontente, pensa nas consequĂȘncias desastrosas da cĂłlera; frente a um bem a obter, lembra-se da justiça.
(…) Buscar o bem, como se temĂȘssemos nĂŁo conseguir alcançå-lo; evitar o mal, como se tivĂ©ssemos enfiado a mĂŁo na ĂĄgua fervente; Ă© um princĂ­pio que eu vi ser posto em prĂĄtica e que aprendi. Viver isolado na busca do seu ideal, praticar a justiça, a fim de realizar a sua Via, Ă© um princĂ­pio que aprendi, mas ainda nĂŁo vi ninguĂ©m segui-lo.

As Riquezas e as Honras

As riquezas e as honras são objecto da ambição dos homens, mas se não podem ser alcançadas por meios rectos e honrados, cumpre renunciar a elas. A pobreza e as posiçÔes humildes merecem a aversão e o desprezo dos homens. Se delas não se pode sair por meios rectos e honrados, é mister neles permanecer. Se o homem abandona as virtudes humanitårias, como poderå merecer o nome que tem?
O homem superior nĂŁo pode esquecer tais virtudes um momento que seja. Mesmo nas horas de maior apuro e confusĂŁo, deve pautar a sua conduta por elas.
Recuso-me a discutir com aquele que, pretendendo buscar a verdade, envergonha-se, ao mesmo tempo, de comer e vestir-se mal.

A Verdadeira Natureza Humana

A humildade fica perto da disciplina moral; a simplicidade de caråcter fica perto da verdadeira natureza humana; e a lealdade fica perto da sinceridade de coração. Se um homem cultivar cuidadosamente essas coisas na sua conduta, não estarå longe do padrão da verdadeira natureza humana. Com a humildade, ou uma atitude piedosa, um homem raramente comete erros; com a sinceridade de coração, um homem é geralmente digno de confiança; e com a simplicidade de caråcter é comummente generoso. Cometerå poucos erros.

A Doutrina da Humanidade

Ter suficiente domínio sobre si mesmo para julgar os outros em comparação consigo e agir em relação a eles como nós quereríamos que eles agissem para connosco é o que se pode chamar a doutrina da humanidade; nada hå mais para além disso.
Se nĂŁo se tem um coração misericordioso e compassivo, nĂŁo se Ă© um homem; se nĂŁo se tĂȘm os sentimentos da vergonha e da aversĂŁo, nĂŁo se Ă© um homem; se nĂŁo se tĂȘm os sentimentos da abnegação e da cortesia, nĂŁo se Ă© um homem; se nĂŁo se tem o sentimento da verdade e do falso ou do justo e do injusto, nĂŁo se Ă© um homem. Um coração misericordioso e compassivo Ă© o princĂ­pio da humanidade; o sentimento da vergonha e da aversĂŁo Ă© o princĂ­pio da equidade e da justiça; o sentimento da abnegação e da cortesia Ă© o princĂ­pio do convĂ­vio social; o sentimento do verdadeiro e do falso ou do justo e injusto Ă© o princĂ­pio da sabedoria. Os homens tĂȘm estes quatro princĂ­pios, do mesmo modo que tĂȘm quatro membros.

A Perseverança

Se hĂĄ pessoas que nĂŁo estudam ou que, se estudam, nĂŁo aproveitam, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo interrogam os homens instruĂ­dos para esclarecer as suas dĂșvidas ou o que ignoram, ou que, mesmo interrogando-os, nĂŁo conseguem ficar mais instruĂ­das, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo meditam ou que, mesmo que meditem, nĂŁo conseguem adquirir um conhecimento claro do princĂ­pio do bem, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo distinguem o bem do mal ou que, mesmo que distingam, nĂŁo tĂȘm uma percepção clara e nĂ­tida, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo praticam o bem ou que, mesmo que o pratiquem, nĂŁo podem aplicar nisso todas as suas forças, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; o que outros fariam numa sĂł vez, elas o farĂŁo em dez, o que outros fariam em cem vezes, elas o farĂŁo em mil, porque aquele que seguir verdadeiramente esta regra da perseverança, por mais ignorante que seja, tornar-se-ĂĄ uma pessoa esclarecida, por mais fraco que seja, tornar-se-ĂĄ necessariamente forte.

Detalhes Importantes da Governação

Um sĂĄbio evita dizer ou fazer o que nĂŁo sabe. Se os nomes nĂŁo condizem com as coisas, hĂĄ confusĂŁo de linguagem e as tarefas nĂŁo se executam. Se as tarefas nĂŁo se executam, o bem-estar e a harmonia sĂŁo negligenciados. Sendo estes negligenciados, os suplĂ­cios e demais castigos nĂŁo sĂŁo proporcionais Ă s faltas, o povo nĂŁo sabe mais o que fazer. Um princĂ­pe sĂĄbio dĂĄ Ă s coisas os nomes adequados e cada coisa deve ser tratada segundo o significado do seu nome. Na escolha dos nomes deve-se estar muito atento.
(…) Suponhamos que um homem aprenda as trezentas odes de Chen King e que, em seguida, se fosse encarregado de uma parte da administração, mostrasse pouca habilidade; se fosse enviado em missĂŁo a paĂ­ses estrangeiros, mostrasse incapacidade para resolver por si mesmo; de que lhe teria servido toda a sua literatura?
(…) Se o prĂłprio prĂ­ncipe Ă© virtuoso, o povo cumprirĂĄ os seus deveres sem que lhe ordene; se o prĂłprio prĂ­ncipe nĂŁo Ă© virtuoso, pouco importa que dĂȘ ordens; o povo nĂŁo as seguirĂĄ.

Falta de Estudo

Se um homem ama a honestidade e nĂŁo ama o estudo, a sua falta serĂĄ uma tendĂȘncia para desperdiçar ou transtornar as coisas. Se um homem adora a simplicidade, mas nĂŁo adora o estudo, a sua falta serĂĄ puro prosseguimento na rotina. Se um homem aprecia a coragem, e nĂŁo aprecia o estudo, a sua falta serĂĄ turbulĂȘncia ou violĂȘncia. Se um homem elogia a decisĂŁo de carĂĄcter e nĂŁo elogia o estudo, a sua falta serĂĄ obstinação ou teimosa crença em si mesmo.

As Qualidades dos Outros

Devido ao homem ter tendĂȘncia para ser parcial para com aqueles a quem ama, injusto para com aqueles a quem odeia, servil para com os seus superiores, arrogante para com os seus inferiores, cruel ou indulgente para com os que estĂŁo na misĂ©ria ou na desgraça, Ă© que se torna tĂŁo difĂ­cil encontrar alguĂ©m capaz de exercer um julgamento perfeito sobre as qualidades dos outros.