A Grandiosidade do Homem Depende da Mulher, mas SĂł Enquanto nĂŁo a Possui…
O homem deve Ă mulher tudo quanto fez de belo, de insigne, de espantoso, porque da mulher recebeu o entusiasmo; ela Ă© o ser que exalta. Quantos moços imberbes, tocadores de flauta, nĂŁo celebraram já o tema? E quantas pastoras ingĂ©nuas nĂŁo o ouviram tambĂ©m? Confesso a verdade quando digo que a minha alma está isenta de inveja e cheia de gratidĂŁo para com Deus; antes quero ser homem pobre de qualidades, mas homem, do que mulher – grandeza imensurável, que encontra a sua felicidade na ilusĂŁo. Vale mais ser uma realidade, que ao menos possui uma significação precisa, do que ser uma abstracção susceptĂvel de todas as interpretações. É, pois, bem verdade: graças Ă mulher Ă© que a idealidade aparece na vida; que seria do homem, sem ela? Muitos chegaram a ser gĂ©nios, herĂłis, e outros santos, graças Ă s mulheres que amaram; mas nenhum homem chegou a ser gĂ©nio por graça da mulher com quem casou; por essa, quando muito, consegue o marido ser conselheiro de Estado; nenhum homem chegou a ser herĂłi pela mulher que conquistou, porque essa apenas conseguiu que ele chegasse a general; nenhum homem chegou a ser poeta inspirado pela companheira de seus dias, porque essa apenas conseguiu que ele fosse pai;
Textos sobre Ingénuos de Søren Kierkegaard
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