O Amor Ă© o ContraegoĂ­smo

Cada vez mais pessoas estĂŁo preocupadas consigo mesmas. Cuidam de si de uma forma tĂŁo dedicada que se poderia supor que estĂŁo a construir algo de verdadeiramente belo e forte; mas nĂŁo… os resultados sĂŁo normalmente fracos e frĂĄgeis. Gente manipulĂĄvel que se deixa abater por uma simples brisa… cultivam o eu como a um deus, mas sĂŁo facilmente derrubados pela mĂ­nima contrariedade.

Tendo a originalidade por moda nĂŁo serĂĄ paradoxal que a sociedade esteja a tornar-se cada vez mais uniforme? Como a multidĂŁo tende sempre a nivelar-se por baixo, estamos a tornar-nos cada vez piores.

Hoje parece nĂŁo haver tempo nem espaço para um cuidado mais fundo com a nossa essĂȘncia – sĂŁo poucos os que hoje tĂȘm amigos verdadeiros com quem aprendem, a quem se dĂŁo e de quem recebem valores essenciais.
Por medo da solidĂŁo quer-se conhecer gente, cada vez mais gente. Talvez o facto de se buscar uma quantidade de amizades mais do que a qualidade das mesmas explique por que, afinal, hĂĄ cada vez mais solidĂŁo… sempre que prefiro partir em busca do novo, escolho abandonar aquele(s) com quem estava.

O sucesso das redes virtuais Ă© hoje um sintoma,

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