Textos sobre Sexo de Arthur Schopenhauer

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Textos de sexo de Arthur Schopenhauer. Leia este e outros textos de Arthur Schopenhauer em Poetris.

Um Mau NegĂłcio

O sexo feminino exige e espera do masculino tudo, exactamente tudo o que deseja e de que necessita. O masculino exige do feminino, em primeiro lugar e imediatamente, uma Ășnica coisa. Por essa razĂŁo, foi necessĂĄrio estabelecer a convenção de que o sexo masculino sĂł pode obter do feminino aquela Ășnica coisa se, em troca, cuidar de todas as outras, alĂ©m dos filhos nascidos da uniĂŁo. Nessa convenção baseia-se o bem-estar de todo o sexo feminino.

Façam a Barba, Meus Senhores!

A barba, por ser quase uma måscara, deveria ser proibida pela polícia. Além disso, enquanto distintivo do sexo no meio do rosto, ela é obscena: por isso é apreciada pelas mulheres.
Dizem que a barba Ă© natural ao homem: nĂŁo hĂĄ dĂșvida, e por isso ela Ă© perfeitamente adequada ao homem no estado natural; do mesmo modo, porĂ©m, no estado civilizado Ă© natural ao homem fazer a barba, uma vez que assim ele demonstra que a brutal violĂȘncia animalesca – cujo emblema, percebido imediatamente por todos, Ă© aquela excrescĂȘncia de pĂȘlos, caracterĂ­stica do sexo masculino – teve de ceder Ă  lei, Ă  ordem e Ă  civilização.
A barba aumenta a parte animalesca do rosto e ressalta-a. Por essa razĂŁo, confere-lhe um aspecto brutal tĂŁo evidente. Basta observar um homem barbudo de perfil enquanto ele come! Este pretende que a barba seja um ornamento. No entanto, hĂĄ duzentos anos era comum ver esse ornamento apenas em judeus, cossacos, capuchinhos, prisioneiros e ladrĂ”es. A ferocidade e a atrocidade que a barba confere Ă  fisionomia dependem do facto de que uma massa respectivamente sem vida ocupa metade do rosto, e justamente aquela que expressa a moral. AlĂ©m disso, todo o tipo de pĂȘlo Ă© animalesco.

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