A Verdadeira Coragem Humana
Se estĂĄs disposto a nunca usar da violĂȘncia, e sempre resistindo, torna-te forte de corpo e de alma; Ă© a mais difĂcil de todas as atitudes; exige a constante vigilĂąncia de todos os movimentos do espĂrito, o domĂnio completo de todos os impulsos dos nervos e dos mĂșsculos rebeldes; a agressĂŁo Ă© fĂĄcil contra o medo e tambĂ©m a primeira solução; para que, em todos os instantes, a possas pĂŽr de lado e substituĂ-la pela tranquila recusa, nĂŁo te deves fiar nos improvisos; a armadura de que te revestes nos momentos de crise Ă© forjada dia a dia e antes deles; faz-se de meditação e de ginĂĄstica, de pensamento definido e preciso e de perfeitos comandos; quando menos se prevĂȘ surge o instante da decisĂŁo; rĂĄpida e firme, sem emoçÔes ou sufocando-as, tem que trabalhar a mĂĄquina formada.
Que trabalhar, sobretudo, humanamente; a visĂŁo do autĂłmato Ă© a pior de todas para os amigos do espĂrito; nĂŁo serĂŁo teus elementos nem a secura, nem a estĂłica dureza, nem o ar superior, nem as cortantes palavras; requere-se no inabalĂĄvel a humanidade, o sorriso afectuoso, a Ăntima bondade, a desportiva calma, amiga do adversĂĄrio, de quem joga um bom jogo; sozinho guardarĂĄs as lutas interiores que tens de suportar,
Textos sobre ViolĂȘncia de Agostinho da Silva
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