Poemas sobre Belém de António Manuel Couto Viana

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Poemas de belém de António Manuel Couto Viana. Leia este e outros poemas de António Manuel Couto Viana em Poetris.

Natal Tão Pouco

Nasceu em Belém, ou Nazaré
(A nova teoria),
Este que nos é
O Pai-Nosso em cada dia?

Que importa onde nasceu,
Se num presépio, se num leito?
A verdade sou eu
A aguardá-lo no peito.

Pois abro o coração
Pra o receber,
Quer venha ou não
Do céu ou ventre de mulher.

Mas, ai! a adoração dura-me instantes!
Em breve irei negá-lo
Três vezes, antes
De cantar o galo!

Natal cada Natal

Quando na mais sublime dor,
A mulher dá à luz,
Há sempre um Anjo Anunciador
A murmurar-lhe ao coração — Jesus!

Cada criança é o Céu que vem
Pra nos remir do pecado
E as palhas d’oiro de Belém
Espalham-se no berço, como um Sol espelhado

Por sobre o lar presepial , o brilho
Da estrela abre o convite dos portais:
— Vinde adorar a floração do filho
No alvoroço da raiz dos pais.