Poesia Depois da Chuva

A Maria Guiomar

Depois da chuva o Sol – a graƧa.
Oh! a terra molhada iluminada!
E os regos de Ɣgua atravessando a praƧa
– luz a fluir, num fluir imperceptĆ­vel quase.

Canta, contente, um pƔssaro qualquer.
Logo a seguir, nos ramos nus, esvoaƧa.
O fundo Ć© branco – cal fresquinha no casario da praƧa.

Guizos, rodas rodando, vozes claras no ar.

TĆ£o alegre este Sol! HĆ” Deus. (Tivera-O eu negado
antes do Sol, nĆ£o duvidava agora.)
Ɠ Tarde virgem, Senhora Aparecida! Ɠ Tarde igual
Ć s manhĆ£s do princĆ­pio!

E tu passaste, flor dos olhos pretos que eu admiro.
GrĆ”cil, tĆ£o grĆ”cil!… Pura imagem da Tarde…
Flor levada nas Ć”guas, mansamente…

(FluĆ­a a luz, num fluir imperceptĆ­vel quase…)