Poemas sobre Memórias de Ângelo de Lima

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Olhos de Lobas

Teus olhos lembram círios
Acesos n’um cemitério…

Têm um fulgor estranho singular
Os teus olhos febris… Incendiados!…

Como os Clarões Finais… – Exaustinados
Dos restos dos archotes, desdeixados…
— Nas criptas d’um Jazigo Tumular!…

— Como a Luz que na Noute Misteriosa
— Fantástica – Fulgisse nas Ogivas
Das Janelas de Estranho Mausoléu!…

— Mausoléu, das Saudades do Ideal!…
— Oh Saudades… Oh Luz Transcendental!
— Oh memórias saudosas do Ido ao Céu!…

— Oh Pérpetuas Febris!… – Oh Sempre Vivas!…
— Oh Luz do Olhar das Lobas Amorosas!…

Estes Versos Antigos

Estes versos antigos que eu dizia
Ao compasso que marca o coração
Lembram ainda?… Lembrarão um dia…
— Nas memórias dispersas recolhidas
Sequer na piedosa devoção

De algum livro de cousas esquecidas?
— Acaso o que ora canta… vive… existe
Nunca mais lembrará — eternamente?
E vindo do não ser, vai, finalmente,
Dormir no nada… majestoso e triste?