Romance de uma Freira Indo 脿s Caldas

Belisa, aquela beldade,
Cujas perfei莽玫es s茫o tais,
Que a formosura e ju铆zo
Vivem nela muito em paz;
Aquela Circe das almas,
Cuja voz sempre ser谩
Encanto dos alvedrios
E o pasmo de Portugal;
Enferma, bem que sublime,
De uns achaques mostras d谩,
Pois 脿s deidades tamb茅m
Os males se atrevem j谩.
Por se livrar das mol茅stias
Que a costumam magoar,
Se negou rem茅dio 脿s vidas,
Por rem茅dio 脿s Caldas vai.
Aquele sol escondido
Entre as nuvens de um saial,
Se ocaso faz de um convento,
Do campo ecl铆ptica faz.
Mas, logo que os campos lustra,
Alento e desmaios d谩
Ao dia para luzir,
Ao Sol para se eclipsar.
Aos prados, a quem o Estio
Despe a gala natural,
Quando os olhos podem ver,
Flores tornam a enfeitar.
Dando-lhe a m煤sica os bosques
Com citara de cristal,
Parece entre os ramos verdes
Cada rouxinol um Br谩s.
A vira莽茫o que entre as folhas
Sempre buli莽osa est谩,
Ou j谩 murmure ou suspire,
Faz de cada assopro um ai.

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