Sonetos sobre Seguros de Ant贸nio Ferreira

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Sonetos de seguros de Ant贸nio Ferreira. Leia este e outros sonetos de Ant贸nio Ferreira em Poetris.

1

Livro, se luz desejas, mal te enganas.
Quanto melhor ser谩 dentro em teu muro
Quieto, e humilde estar, inda que escuro,
Onde ningu茅m t’impece, a ningu茅m danas!

Sujeitas sempre ao tempo obras humanas
Coa novidade aprazem; logo em duro
脫dio e desprezo ficam: ama o seguro
Sil锚ncio, fuge o povo, e m茫os profanas.

Ah! n茫o te posso ter! deixa ir comprindo
Primeiro tua idade; quem te move
Te defenda do tempo, e de seus danos.

Dir谩s que a pesar meu fostes fugindo,
Reinando Sebasti茫o, Rei de quatro anos:
Ano cinquenta e sete: eu vinte e nove.

6

(脌 morte da esposa)

脫 alma pura enquanto c谩 vivias,
Alma, l谩 onde vives, j谩 mais pura,
Porque me desprezaste? Quem t茫o dura
Te tornou ao amor que me devias?

Isto era o que mil vezes prometias,
Em que minha alma estava t茫o segura?
Que ambos juntos Da hora desta escura
Noute nos subiria aos claros dias?

Como em t茫o triste c谩rcer’ me deixaste?
Como pude eu sem mi deixar partir-te?
Como vive este corpo sem sua alma?

Ah! que o caminho tu bem mo mostraste,
Porque correste 脿 gloriosa palma!
Triste de quem n茫o mereceu seguir-te!