A Fonte da Harmonia

A boa disposição e a alegria de um cĂŁo, o seu amor incondicional pela vida e a prontidĂŁo dele para a celebrar a todo o momento contrasta muito com o estado de espĂ­rito do dono – deprimido, ansioso, sobrecarregado de problemas, perdido em pensamentos, ausente do Ăşnico lugar e do Ăşnico tempo que existe: o Aqui e o Agora. E uma pessoa interroga-se: vivendo com alguĂ©m assim, como consegue o cĂŁo manter-se tĂŁo equilibrado e sĂŁo, tĂŁo cheio de alegria?

Quando apreendemos a Natureza apenas atravĂ©s da mente, do pensamento, nĂŁo somos capazes de sentir a sua força de viver e de existir. Vemos somente a parte fĂ­sica, a matĂ©ria, e nĂŁo nos apercebemos da vida interior – o mistĂ©rio sagrado. O pensamento reduz a Natureza a uma mercadoria que se usa na busca de benefĂ­cios ou de conhecimento ou de qualquer outro fim utilitário. A floresta ancestral passa a ser vista apenas como madeira, o pássaro como um objecto de investigação, a montanha como alguma coisa para se explorar ou conquistar.

Quando se apreende a Natureza, deve-se permitir que hajam momentos sem pensamento, sem a intervenção da mente. Ao aproximarmo-nos da Natureza desta maneira, ela responde-nos e,

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