Prosema II

Para iludir a dĂșvida, privado de equipagens, nenhum dos habituais pontos de referĂȘncia vem em meu auxĂ­lio. Procuro um ancoradouro distante, fora do estreito mundo em que me movo.
InĂștil: bichos, objectos minĂșsculos, paredes brancas pontilhadas, o botĂŁo da campainha Ă  minha esquerda. A memĂłria retira-me a sua cobertura instantĂąnea. Tento galgar esta padiola dentro da minha cabeça e daĂ­ lançar-me Ă  desfilada sobre uma estepe daninha ou cair do alto da montanha onde guardo o meu ninho de ĂĄguia. Digo-vos que sĂł pretendo A Grande Casa Alugada da Minha InfĂąncia, o vapor ronceiro em que apenas um velho missionĂĄrio se lembrara de que uma criança existia. O velho desapareceu inesperadamente num pequeno porto do Zaire e deixou-me sĂł.

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