Textos sobre PrincĂ­pio de ConfĂșcio

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Textos de princĂ­pio de ConfĂșcio. Leia este e outros textos de ConfĂșcio em Poetris.

O Homem Honroso

O homem honroso dĂĄ atenção especial a nove coisas. Dedica-se a ver bem o que olha, a ouvir bem o que escuta; cuida para ter uma aparĂȘncia afĂĄvel, para ter uma atitude deferente, para ser sincero nas suas palavras, para ser diligente nas suas acçÔes; no meio das suas dĂșvidas, tem o cuidado de interrogar; quando estĂĄ descontente, pensa nas consequĂȘncias desastrosas da cĂłlera; frente a um bem a obter, lembra-se da justiça.
(…) Buscar o bem, como se temĂȘssemos nĂŁo conseguir alcançå-lo; evitar o mal, como se tivĂ©ssemos enfiado a mĂŁo na ĂĄgua fervente; Ă© um princĂ­pio que eu vi ser posto em prĂĄtica e que aprendi. Viver isolado na busca do seu ideal, praticar a justiça, a fim de realizar a sua Via, Ă© um princĂ­pio que aprendi, mas ainda nĂŁo vi ninguĂ©m segui-lo.

A Doutrina da Humanidade

Ter suficiente domínio sobre si mesmo para julgar os outros em comparação consigo e agir em relação a eles como nós quereríamos que eles agissem para connosco é o que se pode chamar a doutrina da humanidade; nada hå mais para além disso.
Se nĂŁo se tem um coração misericordioso e compassivo, nĂŁo se Ă© um homem; se nĂŁo se tĂȘm os sentimentos da vergonha e da aversĂŁo, nĂŁo se Ă© um homem; se nĂŁo se tĂȘm os sentimentos da abnegação e da cortesia, nĂŁo se Ă© um homem; se nĂŁo se tem o sentimento da verdade e do falso ou do justo e do injusto, nĂŁo se Ă© um homem. Um coração misericordioso e compassivo Ă© o princĂ­pio da humanidade; o sentimento da vergonha e da aversĂŁo Ă© o princĂ­pio da equidade e da justiça; o sentimento da abnegação e da cortesia Ă© o princĂ­pio do convĂ­vio social; o sentimento do verdadeiro e do falso ou do justo e injusto Ă© o princĂ­pio da sabedoria. Os homens tĂȘm estes quatro princĂ­pios, do mesmo modo que tĂȘm quatro membros.

A Perseverança

Se hĂĄ pessoas que nĂŁo estudam ou que, se estudam, nĂŁo aproveitam, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo interrogam os homens instruĂ­dos para esclarecer as suas dĂșvidas ou o que ignoram, ou que, mesmo interrogando-os, nĂŁo conseguem ficar mais instruĂ­das, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo meditam ou que, mesmo que meditem, nĂŁo conseguem adquirir um conhecimento claro do princĂ­pio do bem, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo distinguem o bem do mal ou que, mesmo que distingam, nĂŁo tĂȘm uma percepção clara e nĂ­tida, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; se hĂĄ pessoas que nĂŁo praticam o bem ou que, mesmo que o pratiquem, nĂŁo podem aplicar nisso todas as suas forças, elas que nĂŁo se desencorajem e nĂŁo desistam; o que outros fariam numa sĂł vez, elas o farĂŁo em dez, o que outros fariam em cem vezes, elas o farĂŁo em mil, porque aquele que seguir verdadeiramente esta regra da perseverança, por mais ignorante que seja, tornar-se-ĂĄ uma pessoa esclarecida, por mais fraco que seja, tornar-se-ĂĄ necessariamente forte.