A Psicologia de Grupo

O indivĂ­duo num grupo estĂĄ sujeito, atravĂ©s da influĂȘncia deste, ao que com frequĂȘncia constitui uma profunda alteração na sua actividade mental. A sua submissĂŁo Ă  emoção torna-se extraordinariamente intensificada, enquanto que a sua capacidade intelectual Ă© acentuadamente reduzida, com ambos os processos evidentemente dirigindo-se para uma aproximação com os outros indivĂ­duos do grupo; e esse resultado sĂł pode ser alcançado pela remoção daquelas inibiçÔes aos instintos que sĂŁo peculiares a cada indivĂ­duo, e pela resignação deste Ă quelas expressĂ”es de inclinaçÔes que sĂŁo especialmente suas. Aprendemos que essas consequĂȘncias, amiĂșde importunas, sĂŁo, atĂ© certo ponto pelo menos, evitadas por uma «organização» superior do grupo, mas isto nĂŁo contradiz o fato fundamental da psicologia de grupo: as duas teses relativas Ă  intensificação das emoçÔes e Ă  inibição do intelecto nos grupos primitivos.