Passagens de Carlos Malheiro Dias

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Frases, pensamentos e outras passagens de Carlos Malheiro Dias para ler e compartilhar. Os melhores escritores estĂŁo em Poetris.

O estadista das democracias é sempre o escravo das multidões. Pode não fazer o que elas reclamam. Mas tem que dizer-lhes sempre o que elas querem.

Não há limites para a credulidade humana e está ainda por nascer o homem prudente que saiba venerar na desconfiança a suprema sabedoria.

Como os ninhos, que são a casa da ave, e que todos diferem consoante a ave que o fabricou e o habita, a casa do homem reproduz com fidelidade a vida, a ocupação, o carácter, o sentimento dos moradores. Toda a casa tem, como os donos, uma fisionomia especial, que as gerações lhe imprimiram.

A arte nĂŁo consiste em desfigurar a verdade em artifĂ­cio, mas em emprestar ao artifĂ­cio a fisionomia simples da verdade.

A Força e a Moral

O homem constata o facto natural de um lobo poder devorar uma ovelha, pois que o lobo obedece ao seu apetite e é dotado da força necessária para satisfazê-lo. Mas o homem não se limita a essa constatação elementar, ao alcance de qualquer animal inferior. Ele reconhece também que está no seu poder impedir que a ovelha seja devorada pelo lobo. A moral é, justamente, a soma de conquistas obtidas pelo homem sobre a tirania dos seus instintos. Se a força constituísse para o homem um imperativo categórico, não haveria tentativas de resistência contra a força.