Passagens de Epicuro

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Muitos que alcançaram a riqueza não conseguiram um remédio contra seus males, mas apenas os trocaram por males ainda piores.

Uma Vida Simples e Modesta

Não depender senão de si mesmo é, em nossa opinião, um grande bem, mas daí não se segue que devamos sempre contentar-nos com pouco. Simplesmente, quando nos falte a abundância, devemos poder contentar-nos com pouco, persuadidos de que gozam melhor a riqueza os que têm menor número de cuidados, e de que tudo quanto seja natural se obtém facilmente, enquanto o que não o é só se consegue a custo. As iguarias mais simples proporcionam tanto prazer quanto a mesa mais ricamente servida, sempre que esteja ausente o sofrimento causado pela necessidade, e o pão e a água ocasionam o mais vivo prazer quando são saboreados após longa privação.
O hábito de uma vida simples e modesta é, pois, uma boa maneira de cuidar da saúde e, ademais, torna o homem corajoso para suportar as tarefas que deve necessariamente cumprir na vida. Permite-lhe ainda apreciar melhor uma vida opulenta, quando se lhe enseje, e fortalece-o contra os reveses da fortuna. Por conseguinte, quando dizemos que o prazer é o soberano bem, não falamos dos prazeres dos devassos, nem dos gozos sensuais, como o pretendem alguns ignorantes que nos combatem e nos desfiguram o pensamento. Falamos da ausência de sofrimento físico e da ausência de perturbação moral.

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Toda a amizade é desejável por si própria, mas inicia-se pela necessidade do que é útil.

Os prazeres do amor jamais nos serviram. Devemos considerar-nos felizes se não nos aborrecerem.

Verdade é que o homem sensato não evita o prazer, e quando finalmente as circunstâncias o obrigam a deixar a vida, ele não se comporta como se esta ainda lhe devesse algo para a suprema existência.

Nenhum prazer é em si um mal, porém certas coisas capazes de engendrar prazeres trazem consigo maior número de males que de prazeres.

Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma.

A riqueza exigida pela natureza é limitada e facilmente arranjada; aquela, pelo contrário, que ambicionamos possuir num tolo desejo, chega ao infinito.

As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo.

Injustiça por si só não é um mal. O verdadeiro mal reside no receio desconfiado de que o ato possa vir a ser escondido do juiz competente.

A propósito de cada desejo deve-se colocar a questão: ‘Que vantagem resultará se eu não o satisfizer ?’.

Nascemos uma única vez; uma segunda vez não nos é dada, e não nasceremos mais por toda a eternidade.

O prazer é o primeiro dos bens. É a ausência de dor no corpo e de inquietação na alma.

Aquele que inspira medo aos outros não está, ele próprio, livre desse medo.

Nunca devemos nos esquecer de que o futuro não é nem totalmente nosso, nem totalmente não-nosso, para não sermos obrigados a esperá-lo como se estivesse por vir com toda a certeza, nem nos desesperarmos como se não estivesse por vir jamais.

Não provamos nosso sentimento ao amigo, compartilhando as suas lamentações, mas sim com a nossa ajuda activa.