Nem Sempre Sou Igual no que Digo e Escrevo
Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas nĂŁo mudo muito.
A cor das flores nĂŁo Ă© a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores sĂŁo cor da sombra.
Mas quem olha bem vĂȘ que sĂŁo as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pĂ©s â
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E Ă minha clara simplicidade de alma …
Poemas sobre Mudos de Alberto Caeiro
1 resultado Poemas de mudos de Alberto Caeiro. Leia este e outros poemas de Alberto Caeiro em Poetris.