Sem outra Palavra para Mantimento
Sem outra palavra para mantimento
Sem outra força onde gerar a voz
Escada entre o poço que cavaste em mim e a sede
Que cavaste no meu canto, amo-te
Sou cĂtara para tocar as tuas mĂŁos.
Podes dizer-me de um fĂ´lego
Frase em silĂŞncio
Homem que visitas
Ă“ seiva aspergindo as partĂculas do fogo
O lume em toda a casa e na paisagem
Fora da casa
Pedra do edifĂcio aonde encontro
A porta para entrar
Candelabro que me vens cegando.
Sol
Que quando és nocturno ando
Com a noite em minhas mĂŁos para ter luz.
Poemas sobre Pedras de Daniel Faria
2 resultadosQuero a Fome de Calar-me
Quero a fome de calar-me. O silĂŞncio. Ăšnico
Recado que repito para que me não esqueça. Pedra
Que trago para sentar-me no banqueteA única glória no mundo — ouvir-te. Ver
Quando plantas a vinha, como abres
A fonte, o curso caudaloso
Da vergôntea — a sombra com que jorras do rochedoQuero o jorro da escrita verdadeira, a dolorosa
Chaga do pastor
Que abriu o redil no prĂłprio corpo e sai
Ao encontro da ovelha separada. CercoOs sentidos que dispersam o rebanho. Estendo as direcções, estudo-lhes
A flor — várias árvores cortadas
Continuam a altear os pássaros. Os caminhos
Seguem a linha do canivete nos troncosAs mãos acima da cabeça adornam
As águas nocturnas — pequenos
Nenúfares celestes. As estrelas como as pinhas fechadasCaem — quero fechar-me e cair. O silêncio
Alveolar expira — e eu
Estendo-as sobre a mesa da aliança