Que Aborrecido!

Meus dias de rapaz, de adolescente,
Abrem a boca a bocejar, sombrios:
Deslizam vagarosos, como os Rios,
Sucedem-se uns aos outros, igualmente.

Nunca desperto de manh茫, contente.
P谩lido sempre com os l谩bios frios,
Ora, desfiando os meus ros谩rios pios…
Fora melhor dormir, eternamente!

Mas n茫o ter eu aspira莽玫es vivazes,
E n茫o ter como t锚m os mais rapazes,
Olhos boiados em sol, l谩bio vermelho!

Quero viver, eu sinto-o, mas n茫o posso:
E n茫o sei, sendo assim enquanto mo莽o,
O que serei, ent茫o, depois de velho.