Sonetos sobre Altar de Gregório de Matos

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Sonetos de altar de Gregório de Matos. Leia este e outros sonetos de Gregório de Matos em Poetris.

Anjo No Nome, Angélica Na Cara

Anjo no nome, Angélica na cara,
Isso é ser flor, e Anjo juntamente,
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem, senão em vós se uniformara?

Quem veria uma flor, que não a cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus, o não idolatra?

Se como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.

Mas vejo, que tão bela, e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

A Nossa Senhora Da Madre De Deus Indo Lá O Poeta

Venho, Madre de Deus, ao Vosso monte
E reverente em vosso altar sagrado,
Vendo o Menino em berço argenteado
O sol vejo nascer desse Horizonte.

Oh quanto o verdadeiro Faetonte
Lusbel, e seu exército danado
Se irrita, de que um braço limitado
Exceda na soltura a Alcidemonte.

Quem vossa devoção não enriquece?
A virtude, Senhora, é muito rica,
E a virtude sem vós tudo empobrece.

Não me espanto, que quem vos sacrifica
Essa hóstia do altar, que vos ofrece,
Que vós o enriqueçais, se a vós a aplica.