Sonetos sobre Cinzas

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Sonetos de cinzas escritos por poetas consagrados, filósofos e outros autores famosos. Conheça estes e outros temas em Poetris.

Os Meus Versos

Rasga esses versos que te fiz, Amor!
Deita-os ao nada, ao pĂł, ao esquecimento,
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento,
Que a tempestade os leve aonde for!

Rasga-os na mente, se os souberes de cor,
Que volte ao nada o nada de um momento!
Julguei-me grande pelo sentimento,
E pelo orgulho ainda sou maior!…

Tanto verso já disse o que eu sonhei!
Tantos penaram já o que eu penei!
Asas que passam, todo o mundo as sente…

Rasga os meus versos…Pobre endoidecida!
Como se um grande amor cá nesta vida
NĂŁo fosse o mesmo amor de toda a gente!…

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar sĂł por amar: Aqui… alĂ©m…
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!…
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira Ă© porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pĂł, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…