Sonetos sobre ExpressĂŁo de Augusto dos Anjos

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Aos Meus Filhos

Na intermitĂȘncia da vital canseira,
Sois vĂłs que sustentais ( Força Alta exige-o … )
Com o vosso catalĂ­tico prestĂ­gio,
Meu fantasma de carne passageira!

VulcĂŁo da bioquĂ­mica fogueira
Destruiu-me todo o orgĂąnico fastĂ­gio …
Dai-me asas, pois, para o Ășltimo remĂ­gio,
Dai-me alma, pois, para a hora derradeira!

CulminĂąncias humanas ainda obscuras,
ExpressÔes do universo radioativo,
Ions emanados do meu prĂłprio ideal,

Benditos vós, que, em épocas futuras,
Haveis de ser no mundo subjetivo,
Minha continuidade emocional!

Caput Immortale

Na dinĂąmica aziaga das descidas,
Aglomeradamente e em turbilhĂŁo
Solucem dentro do Universo anciĂŁo,
Todas as urbes siderais vencidas!

Morra o éter. Cesse a luz. Parem as vidas,
Sobre a pancosmolĂłgica exaustĂŁo
Reste apenas o acervo ĂĄrido e vĂŁo
Das muscularidades consumidas!

Ainda assim, a animar o cosmos ermo,
Morto o comércio físico nefando,
Oh! Nauta aflito do Subliminal,

Como a Ășltima expressĂŁo da Dor sem termo,
Tua cabeça hå de ficar vibrando
Na negatividade universal!