Marat

Foia a alma cruel das barricadas!…
Misto de luz e lama!… se ele ria,
As pĂşrpuras gelavam-se e rangia
Mais de um trono, se dava gargalhadas!…

Fanático da luz… porĂ©m seguia
Do crime as torvas, lĂ­vidas pisadas.
Armava, à noite, aos corações ciladas,
Batia o despotismo Ă  luz do dia.

No seu cérebro tremente negrejavam
Os planos mais cruéis e cintilavam
As idéias mais bravas e brilhantes.

Há muito que um punhal gelou-lhe o seio.
Passou… deixou na histĂłria um rastro cheio
De lágrimas e luzes ofuscantes.