XLVII
Que inflexĂvel se mostra, que constante
Se vê este penhasco! já ferido
Do proceloso vento, e já batido
Do mar, que nele quebra a cada instante!NĂŁo vi; nem hei de ver mais semelhante
Retrato dessa ingrata, a que o gemido
Jamais pode fazer, que enternecido
Seu peito atenda às queixas de um amante.Tal és, ingrata Nise: a rebeldia,
Que vĂŞs nesse penhasco, essa dureza
Há de ceder aos golpes algum dia:Mas que diversa é tua natureza!
Dos contĂnuos excessos da porfia,
Recobras novo estĂmulo Ă fereza.
Sonetos sobre Rebeldia de Cláudio Manuel da Costa
1 resultado Sonetos de rebeldia de Cláudio Manuel da Costa. Leia este e outros sonetos de Cláudio Manuel da Costa em Poetris.