Ode I

O poeta se dirige ao silĂȘncio.
E o diĂĄlogo, sua vida.

— Eu vos amo a todos,
ventos, rios, mares,
eu vos amo, meus irmĂŁos.

Ao redor,
nenhuma voz entrecorta
sua solidĂŁo palpitante.
Mas ele crĂȘ:
de um pequeno murmĂșrio,
tece ao menos um eco.

Vida de poeta,
no apelo de um brilho,
no encontro de um reflexo.