脫 Virgens!
脫 virgens que passaes, ao sol-poente,
Pelas estradas ermas, a cantar!
Eu quero ouvir uma can莽茫o ardente
Que me transporte ao meu perdido lar…Cantae-me, n’essa voz omnipotente,
O sol que tomba, aureolando o mar,
A fartura da seara reluzente,
O vinho, a gra莽a, a formozura, o luar!Cantae! cantae as limpidas cantigas!
Das ruinas do meu lar desatterrae
Todas aquellas illuz玫es antigasQue eu vi morrer n’um sonho, como um ai…
脫 suaves e frescas raparigas;
Adormecei-me n’essa voz… Cantae!
Sonetos sobre Sol de Ant贸nio Nobre
3 resultadosS锚 de Pedra!
N茫o reparaste nunca? Pela aldeia,
Nos fios telegraphicos da estrada,
Cantam as aves, desde que o sol nada,
E, 谩 noite, se faz sol a lua cheia…No entanto, pelo arame que as tenteia,
Quanta tortura vae, n’uma ancia alada!
O Ministro que joga uma cartada,
Alma que, 谩s vezes, d’al茅m-mar anceia:– Revolu莽茫o! – Inutil. – Cem feridos,
Setenta mortos. – Beijo-te! – Perdidos!
– Emfim, feliz! – ?- ! – Desesperado. -Vem!E as lindas aves, bem se importam ellas!
Continuam cantando, tagarellas:
Assim, Antonio! deves ser tambem.
Que Aborrecido!
Meus dias de rapaz, de adolescente,
Abrem a boca a bocejar, sombrios:
Deslizam vagarosos, como os Rios,
Sucedem-se uns aos outros, igualmente.Nunca desperto de manh茫, contente.
P谩lido sempre com os l谩bios frios,
Ora, desfiando os meus ros谩rios pios…
Fora melhor dormir, eternamente!Mas n茫o ter eu aspira莽玫es vivazes,
E n茫o ter como t锚m os mais rapazes,
Olhos boiados em sol, l谩bio vermelho!Quero viver, eu sinto-o, mas n茫o posso:
E n茫o sei, sendo assim enquanto mo莽o,
O que serei, ent茫o, depois de velho.